“Se você não está falhando, não está indo até o seu limite.
E se você não está indo até o seu limite, não está maximizando seu potencial”.
(Ray Dalio)

O cinema no século 20 criou inúmeras soluções criativas e tecnológicas em busca da história mais convincente aos telespectadores. Dois recursos são, hoje, replicados pelas séries mundo afora: o flashback (recuo do tempo, via memória) e o flashforward (avanço do tempo, como ocorre no filme ‘De volta para o futuro’). Quando se trata do mercado financeiro, também se constata esses recursos, a fim de ajustar nossas percepções e avaliações sobre empresas do passado, presente e futuro. Agora, reflita:

. Como e quais são as empresas, em 2021, que admiramos pela ética, governança, inovação, soluções criativas, reputação em tempos de crise, excelência nos produtos oferecidos aos clientes, responsável ambiental e socialmente?

. Como eram geridas as empresas na década de 1990 e início dos anos 2000?

. Como você imagina as empresas em 2050?

Se no meio cinematográfico americano as repostas foram e são dadas via flashback e flashforward, responder a essas questões pode ser excelente forma de captar tendências. E é isso que os “olheiros” do mercado vislumbram.

O exercício de olhar as empresas no longo prazo não é trivial. E o mercado tem mantido sintonia fina para a implementação e o respeito às boas práticas sociais, ambientais e de governança quando se trata de modelos de investimentos ESG (Environmental, Social, Corporate Governance). Dessa forma, a mera tendência torna-se realidade com foco no futuro.

2050: a empresa do futuro

Para termos um panorama geral do que nos espera, a PwC (PricewaterhouseCoopers) revelou em suas pesquisas que a economia mundial deverá dobrar de tamanho até 2050. Os mercados emergentes, conhecidos por E7, podem crescer cerca de duas vezes mais rápido que as economias avançadas, o G7. A superpopulação será uma realidade. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), daqui a 30 anos, com a expectativa média de vida em 77 anos, a população mundial crescerá 26%, atingindo 9,7 bilhões de pessoas.

Uma ação prática sugerida pela ONU: teremos que repensar e reduzir nosso consumo de energia, por exemplo. Se a humanidade continuar a consumir energia como faz hoje em dia, o planeta se tornará improcedente, ou seja, precisaremos do equivalente a três Terras para nos sustentar até 2050.

Se olhar o futuro é esboçar traços utópicos ou distópicos, investigá-lo requer novas abordagem e novos ajustes de mindset. A empresa do futuro irá operar em um imperativo de mercado de capitais diferente, cujas recompensas estão em termos de um negócio responsável, criando valor para si e para os seus stakeholders no longo prazo, refletindo nos preços finais da ação da companhia.

Na imagem abaixo, podemos constatar que as gestoras de fundos de ações têm acelerado/ajustado suas posições para empresas que atendam aos princípios ESG.

Dois tópicos formam um dado real da sociedade em que vivemos: a) o mundo será ainda mais globalizado e intenso em suas dinâmicas de mercado; b) as complexidades dos negócios entre nações terão muitas capilaridades, formando uma teia de relações.

Diante disso, a empresa que pensa no futuro estará permeável cada vez mais no tecido social.

Flashback e flashforward. Ao responder os três questionamentos no início deste artigo é perceptível que as empresas atreladas ao modelo ESG tenham muito mais incentivos financeiros e sejam mais rentáveis em 2050. Como investidor, fique atento às empresas em que seu capital está alocado, tendo em vista a evolução do seu patrimônio.

Lembre-se de que investir é uma via de mão dupla. Como acionista de uma empresa X, espera-se que a mentalidade do investidor tenha dupla função: a) objetivo na rentabilidade sobre o seu patrimônio; b) por outro viés, ter como princípio um retorno positivo para a sociedade como um todo.

. Flashforward* – Interrupção de uma sequência cronológica narrativa pela interpolação de eventos ocorridos posteriormente. É, portanto, uma forma de apresentar ao telespectador da série um momento futuro ao que está na corrente apresentação do programa. Foi utilizado atualmente no programa de televisão ‘Lost’. É uma mudança de plano temporal.

NTFs e blockchain |  US$ 69 milhões por um arquivo .jpg

A criatividade do ser humano é o que nos coloca no topo da cadeia alimentar. Dar forma às nossas abstrações é uma tarefa inigualável nas obras artísticas. Por outro lado, a transformação do mercado de obras de arte também também atingiu um grau de criatividade extremo. Imagine isso: a obra de arte ‘The First 5000 days’ de Mike Winkelmann foi vendida por uma das mais famosas casas de leilão do mundo, a Christie’s. Até aí, tudo bem. O artista uniu sua coleção de 5 mil desenhos criados para o instagram (@beeple_crap) existentes apenas no formato digital ao longo dos primeiros 5 mil dias na rede social.

Primeiro fato inusitado: o vencedor do leilão não terá um quadro para pendurar na parede de sua galeria ou de sua casa para exibi-lo aos amigos. Na verdade, o colecionador ao adquirir a obra em questão vai levá-la em um arquivo chamado NFT (sigla para Non-Fungible Tokens), registrado no blockchain, a mesma rede que processa as transações do bitcoin.

Vamos lá! NTF significa que a operação transacionada está sob a mesma tecnologia do bitcoin e de outras criptos, porém não é uma moeda virtual. É um objeto. Este é o segundo fato inusitado. Terceiro, o NFT carrega o arquivo com as imagens da obra comprada, a assinatura do artista, a data de criação, o histórico de pessoas que foram proprietárias daquela determinada obra de arte e prova que ela é original. Isso é como funcionaria no mercado tradicional das artes plásticas, mas totalmente digitalizada.

A história é a mesma da criptomoeda: não pode ser copiada e, se mudar de mãos, isso fica registrado na rede para todos verem. Essa espécie de milagre do blockchain e da criatividade humana gera o quarto e último fato inusitado: agora, dá para ser dono daquilo que todo mundo vê de graça por aí.

ACONTECE NO BLOG | Vai Investir

A equipe do blog Vai Investir tratou, nesta semana, de dois temas com repercussão no mercado e, como não poderia deixar de ser, afetam diretamente os nossos investimentos. Pensando nisso, escrevemos dois artigos com foco especial para a classe de ativos em Renda Fixa. Fique ligado!

1. Renda fixa e a Selic: entenda o impacto da taxa de juros nos investimentos
2. Quais as diferenças entre Tesouro Selic, prefixado e IPCA? Entenda!

VOCÊ SABIA? | Diversificação em empresas estrangeiras

Investir no exterior não precisa ser uma tarefa burocrática, complexa ou cara. Para desmistificar o assunto, já existem alternativas voltadas para quem deseja ter mais praticidade nesta jornada. Por exemplo, a opção de investir em BDR. Trata-se de um investimento com características especiais, que têm lastro em ativos do exterior, mas conta com aprovação do Conselho de Valores Mobiliários (CVM) para ser negociado na bolsa. Então, há como aproveitar o potencial de empresas estrangeiras sem tirar seu capital do Brasil.

Quer saber mais? Leia a seguir: Investir em BDRs: saiba tudo sobre este investimento!

SAIU NA IMPRENSA | Imposto de Renda 2021

A Câmara dos Deputados aprovou no dia 31 de março um projeto de lei que prorroga até 31 de julho o prazo para a entrega da declaração do imposto de renda referente ao ano-calendário de 2020. O texto ainda precisa passar pelo Senado. Atualmente, o prazo para o envio vai até 30 de abril. O projeto aprovado pelos deputados mantém o cronograma mensal previsto para a restituição.

Preparamos vários conteúdos exclusivos para você tirar suas dúvidas quanto à Declaração do Imposto de Renda. Veja abaixo:

1. Veja como declarar o Imposto de Renda 2021
2. Como reduzir o pagamento de IR e potencializar o retorno dos seus investimentos
3. Como evitar 5 erros mais comuns na declaração de IR

DE OLHO NA PESQUISA | 25 marcas mais valiosas do Brasil

A Interbrand, consultoria global de marcas, divulgou o seu ranking anual das 25 marcas mais valiosas do país. Três empresas apareceram pela primeira vez no ranking. A melhor colocada nesse grupo é a XP Inc., que estreou em 10° lugar, com um valor de marca de R$ 1,6 bilhão, acima de companhias como as varejistas Lojas Renner e Lojas Americanas e a empresa de pagamentos Cielo. Veja abaixo, as marcas listadas.

BOLSA 1 | Brasil

O Ibovespa completou no dia 23 de março um ano desde que atingiu sua mínima no crash do Coronavírus, fechando o dia aos 63.569 pontos. Na época, a Bolsa passava por uma sequência de circuit breakers, no auge do pânico com a pandemia. Desde então, o principal índice da B3 teve uma forte recuperação e no fechamento do dia 30 de março, aos 114.978 pontos, estava 80,8% acima do nível de um ano antes. Veja o resumo dos fatos.

Crise do Coronavírus | Chega no auge após uma série de circuit breakers;

Estados Unidos | Acordo do pacote de estímulos;

Laboratórios | Cresce a expectativa pelo progresso das vacinas;

Saídas | Salim Mattar e Paulo Uebel saem do ministério da Fazenda;

Ibovespa | Fluxo estrangeiro leva o Ibovespa à máxima histórica (125 mil pontos), conforme a queda dos riscos vis-à-vis o investidor internacional;

Presidência | Bolsonaro demite o presidente da Petrobras, elevando o risco doméstico;

STF | Fachin anula as condenações de Lula na Lava Jato.

BOLSA 2 | Quedas, altas e performance

Apesar da alta de 6% do Ibovespa em março, assegurando a primeira alta mensal em 2021, o índice ainda acumula perdas de 2% no primeiro trimestre do ano. Quem se destaca como a maior baixa dos primeiros três meses do ano é a ação do Pão de Açúcar (PCAR3), apesar da recuperação recente dos ativos. Por outro lado, depois de passar janeiro praticamente de lado, com apenas leves ganhos, a petroquímica Braskem (BRKM5) engatou dois meses de forte valorização em meio a boas notícias que ajudaram a impulsionar seus papéis.

Veja, agora, as 5 maiores quedas e as 5 maiores altas do Ibovespa no primeiro trimestre de 2021.

As 5 maiores quedas do Ibovespa 1ºT2021

As 5 maiores altas do Ibovespa 1ºT2021

Performance do Ibovespa no mês de março

REFLETINDO | O paradoxo do valor

Quando há uma oferta grande de bens, o preço deles é mais baixo do que quando há escassez – oferta e procura. Por exemplo, o ar que respiramos é considerado um ‘bem livre’. Por outro lado, por serem raros, pagamos grandes somas de dinheiro em ouro e diamante pelo ‘valor de escassez’.

A água, essencial para a vida, não a valorizamos tanto quanto um diamante, que quase não tem utilidade prática. A resposta para esse ‘paradoxo do valor’ é que o diamante tem um valor de escassez, enquanto a água, não. Além disso, temos diferentes tipos de prazer/satisfação com os dois bens.

A satisfação em possuir ou usar um bem é conhecida como ‘utilidade’ e isso muda de acordo com a quantidade desse bem que você consome. Uma forma diferente de explicar como valorizamos as coisas é em termos do quanto elas nos custam. Isso não se refere ao preço que é colocado nelas, mas sim àquilo de que temos de abrir mão para consegui-las.   O que você deixa de lado – o ‘custo de oportunidade’ – determina o valor do eu escolher.

E se a água fosse escassa e os diamantes saíssem da torneira…

PALAVRA DA GESTORA | Dynamo: contornos do crescimento

Em Mindset: the new psychology of success, Ms. Dweck (2007) ilustra como sua classificação descreve adequadamente comportamentos em variadas dimensões das relações e interesses humanos, sejam elas afetivas, familiares, na educação, artes, esporte e negócios.

No ambiente corporativo, a autora encontra vasta evidência que ampara a bifurcação de personalidades, com repercussões importantes no desempenho das companhias. Executivos com uma mentalidade fixa formatam um estilo de liderança que invariavelmente leva a um ambiente de trabalho onde cada um procura mostrar-se superior ao outro e a preocupação com os resultados coletivos acaba tornando-se secundária.

Exemplo típico foi o caso da Enron que criou uma cultura de adoração ao talento, onde cada colaborador deveria parecer e agir de forma extraordinariamente sagaz. Quando as coisas começaram a dar errado, a companhia entrou em negação coletiva. O fracasso não era algo admissível para aquele grupo de indivíduos que buscava exclusivamente reconhecimento para suas ostentações pessoais.

Leia a carta completa aqui.

ECONOMIA & POLÍTICA | Rachel Sá – Analista de Macroeconomia da XP

. Brasil

Após a aprovação da peça orçamentária para 2021 pelo Congresso, classificada como “inexequível” pelo próprio Ministério da Economia, o governo avalia alternativas para evitar a abertura de espaço para crime de responsabilidade fiscal. Apesar do cancelamento pelo relator de R$ 10 bilhões dos cerca de R$ 30 bilhões incluídos por ele na peça orçamentária, o Ministério da Economia defende o veto à emenda de relator para que as despesas obrigatórias possam ser recompostas dentro do teto.

Diante da dificuldade política das alternativas, espera-se que o Tribunal de Contas divulgue seu parecer sobre o assunto a qualquer momento, o que pode ajudar na decisão do Planalto.

Nesse contexto de desafios no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro anunciou nessa semana mudanças em sua equipe ministerial. Por um lado, o movimento atendeu demandas de aliados do “centrão”, por meio da nomeação da deputada Flávia Arruda para a Secretaria de Governo, e da demissão do chanceler Ernesto Araújo. Em outra frente, substituiu General Fernando Azevedo do Ministério da Defesa para nomear o também general Braga Netto, que ocupava a Casa Civil. A troca foi vista como maneira de o presidente ter o comando das Forças Armadas mais alinhado a seu governo.

Veja, abaixo, as mudanças das cadeiras ministeriais desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro (fonte: Folha de São Paulo).

. Estados Unidos

No cenário internacional, o destaque ficou para o anúncio pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de seu mais novo pacote fiscal, com ênfase em infraestrutura e empregos. O pacote é a primeira fase de um plano econômico de duas etapas e deve ter custo de USD 2,25 trilhões.

A Casa Branca propôs também aumentos tributários a serem aplicados gradualmente em 15 anos para custear o pacote. Congressistas republicanos e democratas questionam o plano, o que indica que ele terá dificuldades na tramitação no Congresso.

. O que esperar?

No cenário internacional, destaque para taxa de desemprego da Zona do Euro, dados de mercado de trabalho nos EUA, além da ata da última decisão do Comitê de Política Monetária do FED (FOMC), e de PMIs na China e economias desenvolvidas.

No Brasil, a semana será marcada pela continuação de discussões sobre o Orçamento de 2021 no Congresso. Na seara de indicadores, contaremos com a divulgação de índices de inflação referentes a março, com IGP-M e IPCA fechado, além de vendas de veículos pela Fenabrave.

ALOCAÇÃO

A nossa assessoria é pautada na combinação sugerida por especialistas da XP Investimentos, visando a busca por maiores retornos dado um determinado risco e volatilidades aliados ao perfil de cada cliente e somada às perspectivas atuais do cenário macroeconômico.

. Para saber mais sobre as carteiras recomendadas da XP | CLIQUE AQUI

INDICADORES | Investimentos em março 2021

Segue abaixo, os indicadores e a evolução das aplicações financeiras referentes ao mês de fevereiro 2021. Veja a rentabilidade de outros ativos em Renda Fixa e Renda Variável.

. Renda Fixa

Selic 0,20%	CDI 0,20%	CDB 0,29%
Poupança 0,12%	IRF-M -0,84%	IPCA 0,93%

 

. Renda Variável

Ibovespa 6,0%	Idiv 7,57%	Ifix -1,38%
Dow Jones 6,62%	S&P 500 4,24%	Nasdaq 1,41%
Dólar 0,41%	Euro -2,51%	Ouro 0,10%

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Um abraço,
Equipe Valor Investimentos

 

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