Por Mariana Ferrari*
Você já ouviu falar em autofinanciamento? Certamente em financiamento bancário sim, né? Sem contar no longo empréstimo a perder de vista e com juros incalculáveis também. E o que essas duas formas de financiamento têm em comum? A aquisição de algum bem, de valor mais elevado para o seu bolso e que demandaria uma programação bem elaborada, não é mesmo?
Então vamos lá! Chegou a hora de você comprar seu carro, seu apartamento, sua casa de praia, e você tem algumas formas de adquirir esses bens e as mais conhecidas são: financiamento bancário ou o autofinanciamento.
Autofinanciamento consiste em utilizar o capital próprio para adquirir um bem.
Diferenças entre autofinanciamento e financiamento bancário
No financiamento bancário a instituição financeira empresta um determinado valor e cobra, em contrapartida, uma taxa x de juros, que pode chegar a 6,08% a.m., segundo a pesquisa de Taxas de Juros – Pessoa Física Empréstimo pessoal e cheque especial Janeiro/2021, da Secretaria de Justiça e Cidadania.
Um empréstimo comum aos brasileiros – a compra da casa própria – parcelada em 30 anos faz muitas vezes o valor do imóvel sair de 2 ou até 3 vezes mais em relação ao que deveria ter sido pago.
O autofinanciamento seria o melhor dos mundos, ou seja, ter o dinheiro em mãos para conseguir comprar com poder de negociação, descontos, sem juros exorbitantes e com um controle maior sobre o real valor a ser pago.
Contudo, nem todo mundo consegue juntar ou tem o tempo hábil em conseguir completar o montante necessário para ter o valor X em mãos. Assim, surge o autofinanciamento em grupo que quer dizer a mesma coisa que fazer um consórcio. Isso vem como uma alternativa extremamente vantajosa nesse processo de se autofinanciar.
Explicando o consórcio
O Consórcio em termos práticos é um grupo de pessoas que contribuem para um mesmo fundo com o mesmo objetivo. Por exemplo, um grupo para a compra de um carro ou um grupo de compra de um imóvel, grupo de serviços etc.
Existe também uma administradora que vai apenas organizar as assembleias do fundo comum e os trâmites, diminuindo drasticamente os custos. Resultado disso, nós vemos abaixo em algumas vantagens na contratação de um autofinanciamento em grupo:
- Não existe juros. O Consórcio só é pago uma taxa fixa de administração que é diluída no período, ou seja, um fundo de reserva e seguro (quando obrigatório);
- Não existe pagamento de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras);
- Não existe espera pela análise de crédito, ou seja, você pode comprar uma carta de crédito e somente no ato da contemplação que irá passar pela análise de crédito;
- Você pode definir o melhor prazo para pagamento das parcelas e o valor que melhor se encaixa no seu orçamento.
Abaixo temos uma comparação em número bem explícita, comparando o Empréstimo Imobiliário e o Consórcio de um Imóvel no mesmo prazo. Confira o custo efetivo de um e de outro.
Mas, meu caro leitor, lembre-se de que antes de sair por aí comprando cartas de consórcio para cada coisa de sua vida, é preciso dizer que tão importante quanto você saber tomar uma decisão de qual caminho seguir, buscar por uma orientação correta sobre o produto e suas particularidades é fundamental.
O Consórcio pode ser uma dor de cabeça se não for planejado. Para ser contemplado e retirar o seu tão sonhado bem, você pode ser sorteado como ocorrem mensalmente nos grupos, ou por meio de lances. Assim, quem der o maior lance no mês leva a carta.
Em bons grupos, várias pessoas são contempladas em um único mês. Por isso, é importante que você busque orientação e procure um especialista no assunto para auxiliá-lo. Isso reduz frustrações e revela as inúmeras vantagens e oportunidades que o especialista pode apresentar por meio dessa ferramenta.
Mariana Ferrari é especialista em aquisição de Bens da VCS (Valor Capital e Seguros).
Tem alguma dúvida ou sugestão? Envie um e-mail para mariana.ferrari@valorcapital.com.br