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Crise de energia na Europa: Veja as últimas notícias!

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Ler sobre crises nunca é algo confortável, porém, está acontecendo e precisamos tocar nesse tema para deixá-los sempre bem-informados. E hoje vamos falar sobre a crise de energia na Europa. Como ela começou, e como está a situação atualmente. Veja a seguir.

Mais que o problema da inflação elevada, energia cara e conta de luz nas alturas o que realmente é preocupante, são as políticas adotadas pelos governos que por muitas vezes são prejudiciais e agravam o problema que buscam solucionar. No caso da Europa podemos estar vendo agora, quais serão os problemas gerados por ações falhas, que podem ser desde: racionamento de energia severo e até blackout.

Parece estranho falar que um continente desenvolvido como o europeu pode passar por problemas antes visto em países emergentes. Mas você sabe quais foram as causas por trás desse fenômeno? Leia a resposta dessa pergunta e dentre outras informações logo abaixo.

Por que a Europa está em crise energética?

Tudo começou com uma transição forçada para energias renováveis, porém, não confiáveis para abastecer um continente como o europeu, as energias que eles apostam são a solar e a eólica que de qualquer forma não estam se mostrando eficientes para abastecer todo a população.

O caso mais emblemático que está passando pela situação acima, é o da Alemanha que possui dependência do gás russo que nesse momento com a guerra na ucrânia e as sanções impostas pelos europeus e americanos está se defendendo cortando o gás para a Alemanha que fica agora refém de Vladimir Putin.

Então, para tentar reverter essas medidas erradas tomadas por eles, a Alemanha está correndo contra o tempo e para isso nacionalizou a Uniper, maior importadora de gás do país, medida tomada para que a empresa não quebrasse diante do corte de gás feito pela Russia e do aumento do preço da energia.

Com essa medida o país espera que no próximo ano espera ver uma normalização do fornecimento do gás, segundo o ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner.

Como a crise de energia afetou a união europeia?

As principais quedas foram a nuclear e hidroelétrica. No caso da queda da energia nuclear a principal responsável é a França, que possui uma estatal que controla as usinas nucleares e metade dos reatores estão em manutenção, que devem voltar a operar em novembro ou dezembro de 2022.

Energia Nuclear

A variação da queda de geração de energia por fonte de: janeiro até agosto de 2022.

Com isso, as retaliações de Vladimir Putin são mais sentidas, pois a união europeia coloca sansões, congelamento de reservas e entre outras medidas mais severas. Com isso, ele vem retaliando, como o corte do fornecimento do Nord Stream 1 que no dia 5 de setembro de 2022 anunciou que estava cortando 100% o gás para toda a Europa. Veja no gráfico abaixo que mostra a curva de abastecimento do Nordstream 1, ela acaba justamente no dia 5.

Nord Stream 1

Fonte

 

Quais as soluções que a Europa está tomando para conter a crise energética?

Quando a fonte do gás russo secou, a Europa se viu no dever de se comprometer financeiramente com seu povo prevendo que a conta de energia iria subir, e realmente a conta veio alta, já são quase US$500 bilhões gastos para amortecer o impacto da crise de energia sobre os consumidores e empresas, segundo um estudo da Bruegel.

As medidas de estímulo que estão sendo tomadas por eles são uma forma de conter uma possível convulsão social, que pode vir do fato da energia e combustíveis aumentar muito, como no caso de  Portugal que pediu a comissão Europeia para temporariamente reduzir a carga fiscal nos combustíveis, que espera o aval final na UE ainda este mês o que resultaria uma queda de 10 pontos percentuais (de 23% para 13%) da taxa do IVA sobre os combustíveis. Com Portugal a questão da crise de gás não será tão sentida pelo motivo de seu abastecimento, ser direto com a Nigéria, Estados Unidos, o Qatar e Espanha.

Além de Portugal, Bruxelas aprovou um pedido semelhante feito pela Suécia sendo que “o Conselho [da UE] deverá adotar estas decisões antes do final de setembro”, segundo as mesmas fontes, cabendo então à estrutura em que estão representados os Estados-membros uma palavra final no processo. Veja a notícia aqui.

Berlim, informou recentemente que irá criar um imposto inesperado aos produtores de eletricidade e com isso, financiar um pacote de mais 65 bilhões de euros para auxiliar as famílias atingidas por essa crise. Veja a notícia aqui.

A Inglaterra também mostrou recentemente medidas para conter os altos custos da energia na terra do Rei Charles III. Como diminuir impostos e congelar os preços da energia, o que é bom para curto prazo e pode se tornar no futuro um peso maior nas contas públicas do Reino Unido trazendo mais déficit, podendo ser uma medida potencialmente inflacionária.

Conclusões finais

Todas essas soluções paliativas que a Europa está criando irá ajudar no curto prazo, mas o que realmente funcionaria tanto no curto, médio e longo prazo, seria voltar a depender de fontes de energia mais confiáveis e com menor custo, como a nuclear.

Por fim, é certo dizer que colocar um limite de cobrança na tarifa de energia com um valor abaixo do que o mercado pagaria, pode causar uma escassez e com isso faltar energia e até provocar um apagão.

Daqui, torcemos para o inverno na Europa não ser severo, e que os dirigentes europeus tenham inteligência suficiente para lidar com essa situação, que não é nada fácil.

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