O agronegócio no Brasil tem se mostrado como um grande impulsionador da economia nacional. Sua evolução tecnológica pujante vista nas últimas décadas e resiliência às crises tem fornecido ótimos horizontes aos produtores e investidores. Como um fenômeno recente, as práticas ESG (Governança ambiental, social e corporativa) trouxeram ainda mais holofotes de um novo público para o segmento, desestigmatizando a figura de desmatadores e poluidores e trazendo à tona responsabilidade ambiental diretamente ligada, entre outros motivos, ao aumento de produtividade.

Isto posto, vemos um crescimento dos números do setor nos últimos anos, o PIB-Renda do Agronegócio por exemplo, passou de R$905 Bilhões em 2011 para R$2,39 Trilhões dez anos depois, no fechamento de 2021, apresentando crescimento de 164,64% no período contra 98,32% de crescimento do PIB total. O peso do segmento na mesma janela de análise passou de 20,7% para 27,6% do PIB total. Dados Cepea/CNA – USP

Mas quem pensa que para navegar nessa maré promissora é necessário ter terras, empresa agropecuária ou afins, está errado. O mercado financeiro fornece exposição ao setor Agro em diversas classes de ativos, adequadas a variáveis perfis de investidor.

Muitas pessoas já ouviram falar dos LCAs e CRAs, títulos de renda fixa de crédito do agronegócio, muito desejados devido a isenção de IR para pessoa física. Estes são alguns exemplos de como fomentar e investir no setor, mas não para por aí.

Com o mercado em constante evolução, diversas outras possibilidades surgem, como fundos Multimercado ligados ao Agro, bem como fundos Private Equity focados em empresas do ramo, contando inclusive com gestoras especialistas exclusivamente neste mercado.

Para aqueles que se interessam em renda variável, não podemos deixar de falar sobre a grande variedade de empresas listadas em bolsas atreladas a toda a cadeia de produção, dando gigantesca possibilidade de diversificação intrassetor. Ainda em renda variável, FIIs Agro também são uma oportunidade e estão super em alta, devido a seus desempenhos atrelados a pagamento de dividendos mensais e isentos de IR para pessoa física.

A diversidade é enorme e podemos ainda citar operações mais complexas, como em derivativos, onde é possível operar, por exemplo, Swaps e Futuros de commodities agrícolas, ficando diretamente atrelados a suas flutuações.

Tão vastas quanto as possibilidades do universo agro “analógico”, são as opções de investimentos financeiros no setor, adequando-se a todos perfis de investidor, e consequentemente a necessidades distintas de risco, liquidez, produto, tributação, rendimento, entre outras. Assim, investimentos no agronegócio se apresentam como uma grata possibilidade de diversificação de seu portfólio em um setor que se demonstra tão sólido e próspero.

Este artigo tem como objetivo democratizar o acesso à educação financeira via Gabriel Cecco, assessor de Investimentos da Valor Investimentos.