Pablo Alencar, CFP® – Head da Valor Capital
O tweet é da faixa preta Luciana Seabra e o problema é sério! Para dizer o mínimo, é uma bomba relógio que quando explodir vai machucar muita gente.
Existe um grande paradoxo relativo à associação entre os investimentos em Previdência e ativos com pouco ou nenhum risco. Além disso, há também pessoas que não enxergam a previdência privada como investimento.
É sobre isso que se trata este breve artigo. Com o aumento da expectativa de vida, temos uma mudança radical do cenário demográfico (ver, abaixo, a projeção comparativa do IBGE na pirâmide etária em 2018 e 2040) e na maneira de investir, potencializado pela baixa taxa de juros da economia.
Antigamente, era frequente as pessoas guardarem seus recursos por 35 anos, obter sua aposentadoria aos 55/60 anos e morrerem antes dos 72, ou seja, 12 a 15 anos consumindo o que pouparam.
Hoje em dia, a coisa é diferente. Continuam guardando dinheiro por 30/35 anos, porém a expectativa de vida é projetada por igual período de poupança, ou seja, mais 30 ou 35 anos gastando!
Como você só consegue guardar uma fração da sua renda e o dinheiro investido não multiplica, muitas pessoas abrem mão do bônus dos juros compostos e está “condenado” a viver, também, com uma fração da sua renda.
Serão os aposentados da Paçoca e Mariola.
A grana que recebem por mês dá para pagar o plano de saúde mais uma mariola e vão precisar vender paçoca no sinal para sobreviver.