Resultados da pesquisa por “fundos de investimento

VGIR11: Conheça esse fundo imobiliário

A VGIR11 tem como base investimentos em títulos de valores imobiliários, é um fundo do tipo papel que investe de forma predominante em títulos de dívida imobiliária e outros valores mobiliários. Dentre os títulos permitidos, os mais comuns são os certificados de CRIs. A VALORA RE III é quem administra esse fundo que é do […]


As oportunidades do “risco”

“Volatilidade não é uma medida de risco! O problema é que as pessoas que escreveram e falaram sobre risco não sabem como medir o risco. E a coisa legal sobre os dados que medem volatilidade é que são legais e matemáticos e errados em termos de medição de risco.”   Bem, basicamente o que Warren […]


Market timing funciona? | Carta aos Investidores de Outubro 2022

  People do not decide their futures, they decide their habits and theirs habits decide their futures. – M. Alexandre Vamos resgatar o GPS do mercado para sabermos onde estamos e para onde vamos. O primeiro ponto de destaque refere-se à inflação atual como um fenômeno global. Visto o que ocorreu mês de setembro, vamos […]


Após Itaú, mais bancos devem passar a isentar taxas

A ofensiva do Itaú Unibanco de cortar as taxas de corretagem nas ordens de ações e fundos de índice nos canais digitais é um contra-ataque às plataformas independentes, que aboliram a cobrança há bastante tempo. Analistas afirmam que essa é a tendência da indústria, e que o Itaú se posiciona com atraso.

De qualquer forma, a decisão do maior banco do País elevou a pressão para os rivais seguirem o movimento, aponta o professor de Finanças da escola de negócios Ibmec, Cristiano Corrêa. “Para todos que quiserem concorrer neste mercado é questão de sobrevivência isentar estas taxas”, diz.

O professor destaca que o potencial de crescimento do mercado de investimentos no Brasil ainda é alto, e por isso que a corrida é acirrada. “Este passo do Itaú deve forçar os outros grandes a ‘descer para o playground’.”

Os bancos e plataformas estão em uma disputa para atrair clientes. “Esse movimento do Itaú o leva de volta ao mercado de investimentos depois de várias empresas terem feito isso para ganhar território”, diz Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management.

Para os investidores, a oferta de corretagem zero não é novidade. A Clear, do grupo XP, por exemplo, adota a prática desde 2018. A empresa diz que, entre janeiro e agosto deste ano, os clientes deixaram de gastar R$ 50 milhões com a taxa.

A Rico, também da XP, zerou taxas em 2020.

No modelo em que o Itaú opera agora, a Nu Invest oferece isenção para as operações de ações, BDRs, ETFs e opções nos investimentos feitos pelo aplicativo e pelo portal.

C6 Bank e Inter têm o mesmo formato. Toro, Órama, Warren e Genial dizem que investimentos feitos pelo home broker têm corretagem zero.

Clientes da XP pagam taxas de R$ 2,90 por ordem no day trade (curtíssimo prazo) e R$ 4,90 no swing trade (curto prazo).

Na Ágora, a corretagem é de R$ 2,50 e R$ 4,50, respectivamente.

No BTG Pactual, a cobrança no swing trade diminui conforme o número de operações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


SP: estacionamentos e fábricas fechadas viram depósitos para atender e-commerce

A corrida do varejo online e das indústrias de bens de consumo para entregar rapidamente seus produtos ao consumidor tem provocado uma disputa acirrada por espaços de armazenagem na cidade de São Paulo, o principal mercado do País. Por conta disso, espaços como estacionamentos ociosos ou fábricas abandonadas, por exemplo, têm se transformado em depósitos para atender especificamente ao e-commerce.

A maior procura por áreas vagas vai do miolo da capital paulista até áreas a 30 km do centro. Nessas regiões, faltam terrenos para erguer condomínios logísticos e imóveis adequados para serem transformados em galpões “last mile” (última milha), no jargão do mercado de logística. Esses armazéns servem como ponto de apoio para o despacho final das mercadorias, a parte mais onerosa das entregas.

A escassez de terrenos para a instalação de novos empreendimentos logísticos levou o mercado imobiliário a um estado de ebulição. Os reflexos aparecem na alta dos aluguéis dos galpões, na queda da vacância e também na adaptação de imóveis vagos para virarem armazéns.

Não é raro hoje encontrar galpões logísticos em áreas onde até pouco tempo atrás funcionavam indústrias. Um exemplo dessa transformação foi a compra da fábrica de trens da Alstom, na Lapa, bairro da zona Oeste da cidade, pela GoodStorage. Com a ida da empresa francesa para Taubaté (SP), ficou vago um terreno de 80 mil metros quadrados, com 65 mil metros quadrados de galpões.

“Estamos reformando esses galpões, que vão dar origem a um parque logístico no coração da Lapa”, conta Thiago Cordeiro, CEO da GoodStorage. O empreendimento começa a funcionar em fevereiro e já tem uma parte pré-locada.

A empresa, que começou em 2013 como um guarda-móveis, hoje se posiciona como uma companhia de logística urbana, incluindo tanto a armazenagem para pessoas físicas (selfestorage) como para empresas. Tem sete parques logísticos urbanos, que somam uma área de 150 mil metros quadrados e investimentos de US$ 150 milhões. Quatro já estão em operação, com 90% de ocupação. Todos os condomínios estão para dentro das Marginais e têm localização estratégica para atender entregas rápidas.

De olho nesse novo filão, a armazenagem urbana, a Unlog, que há dois anos começou como uma espécie de “airbnb” de vagas de estacionamentos, foi outra que mudou de posicionamento.

Diante da baixa rentabilidade do aluguel de vagas de estacionamento, o foco da empresa passou a ser criar infraestrutura de armazenagem para o abastecimento de varejo tradicional, do e-commerce e da indústria. Foram abertos pequenos galpões urbanos de armazenagem, com 200 a 1 mil metros quadrados, espalhados por bairros dentro de grandes cidades.

“Miramos numa formiguinha e acertamos num elefante”, afirma Michele D’Ippolito, sócio-diretor. Com a mudança, a empresa conseguiu conquistar clientes importantes, como Ambev, Mercado Livre, Americanas e outras gigantes, interessadas em locar hubs de armazenagem.

O empresário explica que “granularização” da armazenagem dentro dos grandes centros é a nova tendência da logística para agilizar as entregas. Com isso, passaram a ser aproveitados espaços mais variados: de lojas desativadas a galpões e também parte de estacionamentos ociosos. “Somos bem ecléticos e o nosso modelo é bem híbrido”, diz. Ao aproveitar espaços tão diversos para armazenagem, ele frisa que não se trata de improvisação.

Na rua 25 de Março, importante polo de comércio popular no centro da capital, por exemplo, a empresa ocupa parte de um estacionamento. A área alugada foi transformada em ponto de armazenagem em contêineres e também é aproveitada para o transbordo e retirada de mercadorias.

Na Vila Olímpia, zona Sul da cidade, a companhia tem uma área de armazenagem de 400 metros quadrados, dividida em pequenos hubs logísticos. Eles são alugados pelo varejo online, como Amaro, Riachuelo, e empresas como a Infracommerce, voltada para a parte de implementação de e-commerce para as indústrias. Aliás, indústrias de bens de consumo, como Philip Morris e Canon, que estão na unidade da Vila Olímpia, são os principais clientes dos hubs urbanos da companhia.

“Para a gente, a pandemia foi mágica”, afirma o empresário, que no meio da covid-19 viu o seu o negócio dar um salto. “Em 2021, crescemos o faturamento em 1.600%.” O negócio deu tão certo que foi criada uma divisão específica de armazéns, batizada de Undock. Neste ano, a empresa continua em ritmo acelerado, mas ele não revela quanto está crescendo.

De grandes terrenos a ‘terreninhos’

Para atender o mercado de entregas rápidas, o sócio-diretor da consultoria imobiliária Binswanger Brazil, Nilton Molina Neto, diz que empresas de desenvolvimento imobiliário têm buscado não só grandes terrenos na Região Metropolitana de São Paulo para erguer condomínios logísticos, mas também “terreninhos” menores, com 5 mil a 10 mil metros quadrados, para montar operações específicas de logística dentro da cidade de São Paulo.

A tendência é confirmada por Simone Santos, presidente da SDS Properties, imobiliária especializada em galpões, e coordenadora do Comitê de Real Estate da Associação Brasileira de Logística (Abralog). Na sua empresa, há demandas diárias por pelo menos 1 mil metros quadrados de galpões dentro da cidade de São Paulo. “No entanto, não existe infraestrutura suficientemente adequada para suprir essa demanda.” Os principais interessados são os e-commerces, mas também há fabricantes de bebidas, cigarros, produtos farmacêuticos.

Marina Cury, CEO da Newmark no Brasil, consultoria do setor imobiliário, conta que existe uma demanda gigantesca por áreas logísticas, especialmente as que ficam até 15 quilômetros do centro de São Paulo. Quem procura são desenvolvedores de logística e empresas que querem alugar galpões. “É um casamento quase perfeito”, afirma, não fosse a falta de oferta.

Vacância em baixa e aluguel em alta

Por causa da oferta apertada de galpões, a vacância está pressionada. No segundo trimestre deste ano, por exemplo, o espaço vago nos galpões em condomínios logísticos localizados num raio de até 30 quilômetros do centro de São Paulo era de 8,7%, enquanto, no restante do Estado de São Paulo, a vacância média atingia quase o dobro (17,2%), aponta pesquisa da Binswanger.

A mínima histórica de espaços vazios nos galpões mais próximos da capital, de 5,5%, foi registrada no terceiro trimestre de 2021. Por causa das entregas de novos condomínios logísticos, houve um alívio. “Mas 8,7% é uma vacância muito baixa”, afirma Molina Neto. O equilíbrio de mercado ocorre quando a ociosidade dos galpões oscila entre 13% e 15%.

A falta de galpões para locação é ainda mais crítica nos empreendimentos mais próximos do centro, até 20 quilômetros da Praça da Sé, o marco zero da capital paulista. Entre abril e junho, a vacância dos galpões logísticos nessas áreas estava em 1,7%, de acordo com a Newmark. É menos da metade da ociosidade registrada no primeiro trimestre (4,08%).

Ao que tudo indica, o aperto deve continuar. Nas contas de Mariana Hanania, diretora de pesquisa da Newmark, está prevista a entrega de 94 mil m² de novos galpões na capital até o final deste ano. Para 2023, serão mais 78,7 mil metros quadrados. “Um inquilino só poderá levar todo esse novo espaço”, alerta. Por isso, a perspectiva é de que o estoque de galpões na capital, atualmente de 600 mil metros quadrados, continue insuficiente.

Outro termômetro do aquecimento é comportamento do aluguel de galpões em condomínios logísticos até 30 quilômetros do centro. O valor pedido tem crescido a cada trimestre desde o início de 2021. Chegou a R$ 27 por metro quadrado no segundo trimestre deste ano, com alta de 28% nos últimos 12 meses, aponta a Binswanger. Foi um avanço bem mais expressivo do que o registrado para a média das demais áreas do Estado de São Paulo, que subiu 11% no mesmo período.

Mudança de perfil

A grande procura por áreas de armazenagem na cidade de São Paulo para garantir entregas em questão de horas começa também a mudar o perfil de algumas regiões. Simone, da Abralog, observa que em regiões onde o zoneamento é mais restritivo para o uso residencial, isto é, na Zona Predominantemente Industrial (ZPI), há imóveis sendo aproveitados para uso logístico. Até são permitidos nessas zonas empreendimentos residenciais, mas normalmente para baixa renda. Por conta disso, a disputa de grandes incorporadoras imobiliárias por terrenos é bem menor e a pressão sobre custos menos intensa, o que acaba viabilizando a implantação de galpões logísticos nesses zonas da cidade.

Mas essa não era a lógica que vigorava no passado. Segundo consultores, o destino de um grande terreno ou de um galpão industrial vago na capital paulista era virar prédio residencial, de escritórios ou shopping center. A logística não estava no radar para o aproveitamento dessas áreas, porque a maioria das empresas não tinha e-commerce. Outro obstáculo é que o uso para logística não fechava a conta, não era rentável, aponta Molina Neto.

Hoje, porém, depois de toda a aceleração nas vendas digitais provocada pela pandemia, a logística ganhou relevância para os empreendedores imobiliários e a conta começa a fechar. Uma reflexo desse movimento já apareceu na rentabilidade. Nos últimos 12 meses, fundos imobiliários com papéis atrelados a empreendimentos logísticos pagaram, em média, dividendos anuais de 8,64% , enquanto os fundos de lajes corporativas tiveram rentabilidade menor, de 7,88% em igual período.

O plano da GoodStorage, segundo Cordeiro, é em cinco anos ter 500 mil metros quadrados de galpões logísticos na cidade de São Paulo. Para isso, serão investidos mais US$ 250 milhões. “A despeito do juro alto não ser favorável ao investimento imobiliário, continuaremos investindo e bastante, porque há carência de infraestrutura.”

D’Ippolito, diz que a meta da Undock é ter 700 unidades em seis anos. Hoje, são 28 unidades que somam cerca 20 mil metros quadrados de área de armazenagem. Elas estão distribuídas em mais de 20 cidades, acima de 300 mil habitantes, espalhadas pelo País. São Paulo responde pela maior parte da área total, entre a 3 mil a 4 mil metros quadrados.

A próxima fronteira a ser explorada para a armazenagem é o “pré-sal”, brinca o empresário. São as áreas subterrâneas das grandes cidades que estão ociosas e necessitam de muita tecnologia para serem exploradas. “Esse é o próximo passo que a gente enxerga como sendo o metro quadrado com grande potencial de ser ressignificado para a logística.”

Procurada, a Americanas S/A informou, por meio de comunicado, que “dispõe de mais de 200 hubs em localização estratégica para potencializar o foco na entrega cada vez mais rápida ao cliente. Além disso, as 1.800 lojas funcionam também como hubs”.

A Loggi, por meio de sua assessoria, informou que “as suas instalações nos centros urbanos fazem parte da nossa estratégia para conectar o Brasil, garantindo que todas as pessoas tenham acesso a uma entrega rápida e eficaz. Nesse sentido, a empresa já ocupou diversos espaços, seja de forma temporária ou permanentemente”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


XP ‘turbina’ corretora Rico para atrair investidor jovem

A Rico vai entrar no segmento de contas bancárias ainda neste ano. A corretora da XP Investimentos busca ser uma opção para pessoas com menor capacidade de investimento. Por isso, hoje já oferece opções de investimentos com valor mínimo de R$ 1 e passará a ter conta digital sem anuidade que aceita Pix, tem cartão e permite o pagamento de boletos. O novo serviço bancário está em fase de testes e deve chegar ao mercado em outubro.

Egresso do Itaú, Pedro Canellas, principal executivo da Rico e sócio da XP, planeja uma comunicação clara com o consumidor, sem termos técnicos, para promover a educação financeira. “Se você quer tornar o investimento mais popular, não pode falar coisas como ‘a cotização do seu investimento será em D+3’.”

Na conta corrente, a empresa terá uma plataforma de metas financeiras para o usuário – a exemplo do que já fazem outros bancos digitais, como o Next, do Bradesco. Será possível criar objetivos, por exemplo, de trocar de celular em três meses, casar em três anos ou comprar uma casa em dez anos. Após a configuração das metas, o usuário do aplicativo receberá sugestões e lembretes sobre como atingi-las, em um modelo inspirado no aplicativo de corrida da Nike.

A entrada nos serviços bancários ocorre na sequência do lançamento da XP na mesma categoria. As plataformas compartilham o uso de tecnologias, mas mantêm operações de marca separadas. A Rico mira no público com 40 anos ou menos. “Com uma proposta digital, a Rico vê uma oportunidade de ser o melhor para o público jovem e de menor renda”, diz Canellas.

DIVERSIFICAÇÃO. Com a entrada no serviço bancário, a Rico passa a competir com os grandes bancos e com as fintechs pela gestão das finanças do dia a dia do consumidor. Recentemente, Nubank e PicPay anunciaram mudanças no rendimento diário do saldo dos clientes, funcionalidade que não está nos planos da Rico.

A diversificação de negócios da Rico e da XP chega em uma época marcada pela alta na taxa de juros, quando empresas focadas em investimentos em Bolsa têm cortado funcionários para controlar custos, como aconteceu com a Empiricus: “No começo, éramos focados em renda variável. Com o serviço de banking, fundos e renda fixa, o serviço fica mais resiliente. Se um negócio não está tão bem, o outro está.”

Em 2016, a Rico foi uma das empresas compradas pela XP em uma fase marcada pelo crescimento por meio de aquisições. A companhia foi lançada em 2010 por ex-executivos da Link Investimentos, corretora vendida pelo banco suíço UBS em 2013.

A companhia tinha entre seus sócios Marcelo Mendonça de Barros, filho do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, Frederico Meinberg, Monica Saccarelli, Norberto Giangrande e Ricardo da Costa Moraes Filho. Antes da venda, o banco português Caixa Geral de Depósitos tinha participação de 51% no negócio.

A Rico foi um dos principais canais de investimento em renda fixa no País, liderando a abertura de contas em Tesouro Direto em 2014 e 2016, o que chamou a atenção da XP. À época, a Rico era a vice-líder de mercado com 120 mil clientes, que se somaram aos 200 mil da XP. Hoje, a dona do negócio tem 3,5 milhões de clientes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


BrMalls assina memorando para venda de fatia no Campinas Shopping por R$ 411,4 mi

A BrMalls Participações informou que assinou memorando de entendimentos para a venda da totalidade da sua participação no Campinas Shopping, localizado na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, para os fundos Vinci Shopping Centers Fundo de Investimento Imobiliário, XP Malls Fundo de Investimento Imobiliário e Malls Brasil Plural Fundo de Investimento Imobiliário, pelo valor de R$ 411,4 milhões.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa ressalta que a efetivação da operação está sujeita à superação de condições precedentes usuais neste tipo de transação, incluindo, mas não se limitando à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), bem como que a estrutura de pagamento do Preço de Aquisição será definida futuramente pelas partes nos documentos definitivos, que poderá envolver o recebimento, pela companhia, de cotas de um ou mais fundos adquirentes, como parte do pagamento do mesmo.

“A transação reforça o compromisso da companhia em buscar constantemente formas de criar valor para seus acionistas através da alocação de capital e oportunidades de mercado”, afirma a empresa.


Descolado do exterior, Ibovespa sobe 0,62%, aos 112,5 mil pontos

O Ibovespa recuperou e sustentou a linha dos 112 mil à revelia do exterior negativo, embora tenha chegado a perder fôlego à tarde em paralelo à piora em Nova York, amenizada em direção ao fechamento. Na máxima desta terça-feira, 20, o índice da B3 foi a 112.543,88 pontos, e encerrou ali perto, aos 112.516,91 pontos, em alta de 0,62%, saindo de mínima a 111.393,16 e de abertura a 111.823,60. O giro foi de R$ 26,7 bilhões. Na semana, o Ibovespa sobe 2,96%, com ganho no mês a 2,73% e, no ano, a 7,34%.

Nesta terça-feira, dados de inflação ao produtor na Alemanha, em nível recorde de 45,8% ao ano em agosto – bem acima do consenso para o mês, de 37,9% -, também trazendo o maior avanço na margem observado na série histórica (+7,9%), contribuíram para a aversão a risco observada ainda cedo, nos mercados europeus.

Em outro desdobramento que reflete o peso da inflação em um contexto de crise energética no velho continente, o BC sueco surpreendeu hoje ao elevar em 100 pontos-base a taxa de juros do país, a 1,75% ao ano – a expectativa era por um aumento de 75 pontos-base. Além dos BCs americano e brasileiro, amanhã, a semana traz ainda a decisão do Banco da Inglaterra, na quinta-feira.

Nos Estados Unidos, foco da atenção global na quarta-feira, “a postura dos dirigentes do Fed está inclinada ao ‘higher for longer’ – mais juros por mais tempo. A decisão de elevar a taxa em 75 pontos-base corre o risco de soar leniente, a depender da interpretação do comunicado e dos comentários de (Jerome) Powell (presidente do BC americano) na coletiva de imprensa. Por outro lado, aumento de 100 pbs na taxa de juros pode reforçar temores quanto a um ‘hard landing’ por lá”, observa Antonio van Moorsel, sócio e chefe do Advisory da Acqua Vero Investimentos.

“O cenário global ainda é o mesmo, com pressão inflacionária e baixíssimo crescimento, inclusive na China, em forte desaceleração econômica. Aqui, o descolamento ainda é favorecido por ações muito baratas, o que inclui não apenas as muito descontadas, como as de varejo, mas também as de bancos, que hoje subiram na medida em que costumam ser uma proteção melhor em momentos voláteis, como o de agora”, diz Lucas Mastromonico, operador de renda variável da B.Side Investimentos.

Na contramão do ajuste nas ações de commodities (Vale ON -1,43%, Petrobras PN -0,58%) e da siderurgia (CSN ON -3,89%, Usiminas PNA -2,73%, Gerdau PN -0,90%), setores com exposição a preços internacionais e a demanda externa, o segmento de bancos mostrou ganhos entre 1,52% (BB ON) e 3,67% (Bradesco ON) no fechamento. “Mesmo com o exterior recuando e a queda do petróleo e do minério de ferro, que puxaram as ações de Petrobras e Vale para baixo, o Ibovespa sustentou um pregão levemente positivo, apoiado na alta do setor financeiro”, resume Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora.

“Por aqui, com o aporte dos recursos do Auxílio Brasil contribuindo para a recuperação do setor de serviços, além da melhora constante dos resultados da indústria e a redução da taxa de desemprego, por ora a recessão continuará fora da perspectiva, a curto prazo”, observa Acilio Marinello, coordenador do MBA de Digital Banking da Trevisan Escola de Negócios, referindo-se ao descolamento do mercado doméstico da aversão a risco que ainda prevalece no exterior.

Assim, o índice de consumo (ICON +0,57%) conseguiu escapar do dia negativo para os materiais básicos (IMAT -1,00%). Na ponta do Ibovespa nesta terça-feira, destaque para Carrefour Brasil (+4,06%), Embraer (+3,78%), Bradesco (ON +3,67%), Yduqs (+3,41%) e Itaú (+3,32%). No lado oposto, Ecorodovias (-4,39%), CVC (-3,92%), CSN (-3,89%), BRF (-3,44%) e Usiminas (-2,73%).

“O dia foi de agenda esvaziada, com cautela para as decisões de política monetária, amanhã. No Brasil, os dados mais recentes mostram desaceleração dos preços sem desaceleração econômica, o que apoia a expectativa de encerramento do ciclo de alta de juros, com juros reais perto de 6%, bem acima dos 4% indicados como ideal pelo Banco Central”, diz Rafael Azevedo, especialista em renda variável da Blue3.

“O BC ainda precisa ancorar expectativas em direção à meta (de inflação). Tentar fazer com que a economia tenha um processo de acomodação, um desaquecimento. Para isso, precisa usar taxa de juros elevada, e por mais tempo. Expectativa de inflação para 2024 precisa ficar mais próxima da meta, é o que o BC quer ver”, diz Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), que espera manutenção da Selic de 13,75% por “mais tempo”, ou mesmo 14%, deixando claro que esse “universo temporal se tornou mais longo para poder fazer a convergência da meta”.

Pesquisa da BGC Liquidez com 155 players institucionais, abrangendo de gestores de fundos a traders de bancos, economistas e estrategistas, mostra que a grande maioria (81%) espera manutenção da Selic a 13,75% ao ano, na decisão de amanhã do Copom, em Brasília. De acordo com o levantamento, apenas 19% esperam um aumento residual, de 25 pontos-base, que elevaria a taxa de referência a 14% nesta quarta-feira. Quando se pergunta qual seria a decisão correta, a fatia pelo aumento de 25 pontos-base sobe um pouco, para 25%, puxada especialmente pelos economistas (33%).

O levantamento também buscou medir a expectativa para a eleição presidencial de outubro. “Para as eleições, tivemos mudanças mais relevantes. Lula apresentou novo aumento na expectativa de vitória pelo mercado vs pesquisa anterior, saindo de 60% para 70%, enquanto Bolsonaro perdeu terreno novamente, saindo de 38% para 30%”, aponta a BGC Liquidez.