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Entenda o que é risco, volatilidade e o índice VIX

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É muito comum que alguns investidores mantenham seu foco na rentabilidade ao escolher investimentos. Mas você sabia que existem outros conceitos tão importantes quanto? Entre eles estão o risco e a volatilidade.

Eles – estes conceitos – inclusive, têm tudo a ver com a possibilidade de rendimento nos investimentos. Pois, normalmente, maiores expectativas de rentabilidade são acompanhadas por maiores riscos e volatilidade. A relação fica ainda mais notável em períodos de crise.

Então, se você não conhece detalhes sobre essas duas características que afetam seus investimentos, é hora de saber mais sobre elas. Vale a pena também entender o que é o índice VIX – e como ele se relaciona com a sua carteira.

Continue a leitura e saiba mais sobre o que é o risco, a volatilidade e o índice VIX. Acompanhe!

A oscilação de mercado está presente em quais ativos?

É enorme a variedade de investimentos com características voláteis. Por isto mesmo, são considerados os mais lucrativos e também os mais arriscados. Entre eles, temos:

Mercado de ações: de ações small caps até as large caps, todas participam de uma dinâmica altamente volátil se comparada com investimentos mais conservadores, como o tesouro direto. Entre as razões para isto, está o fato de que estes ativos estão sujeitos à oferta e demanda. Como todo produto oferecido dentro de um mercado, quanto maior a demanda por ele, maior a tendência de alta dos preços. Além disso, o valor das ações também se sujeitam às variáveis macroeconômicas e microeconômicas.

Moedas Estrangeiras: Já é senso comum o conhecimento de que a alta ou baixa do dólar afeta nossas vidas de várias maneiras. A oscilação da moeda estrangeira também é alta, e pode variar diversas vezes ao dia.

Mercado Futuro: Como o nome já indica, a compra de contratos de futuro supõe uma oscilação para cima no futuro. Isto é, nesta modalidade de investimento a volatilidade é garantida.

FI: Os Fundos Imobiliários estão sempre sujeitos à valorização ou desvalorização com o tempo. Nunca permanecem com o mesmo valor comprado inicialmente. Isto fica mais claro quando você imagina o imóvel onde você mora. O valor dele hoje ainda é o mesmo de quando você se mudou para ele? Certamente não. Fatores exteriores costumam ser responsáveis por esta oscilação.

 

O que é risco?

Entre os três elementos que citamos no início deste post, o risco geralmente é o mais conhecido pelos investidores. Afinal, todos os investimentos contêm risco — mesmo aqueles considerados mais seguros, como os títulos públicos.

De fato, estes títulos são os menos arriscados do mercado. Entretanto, mesmo assim, qualquer aplicação no mercado financeiro envolve algum perigo. Pois, entenda, a oscilação é parte da estrutura financeira. Nada, em economia, tem garantia de estabilidade.

Os riscos podem ser de diferentes tipos. E, de modo geral, representam a probabilidade do seu retorno no investimento não ser o que você estava esperando.

Ou seja, o risco engloba a chance de não receber os rendimentos previstos ou mesmo de perder todo ou parte do valor investido. Ele pode ser maior ou menor, dependendo do ativo. E, como você deve saber, a renda variável tem maiores riscos que a renda fixa.

Os principais tipos de riscos são divididos em dois grupos: o sistemático e o não sistemático. O primeiro também é chamado de risco de mercado e se refere a aspectos macro, como crises econômicas ou políticas, mudança da taxa de juros do país, etc.

Desse modo, o risco sistemático pode afetar todos os investimentos, pois está ligado a acontecimentos que impactam o mercado como um todo. Já os não sistemáticos estão atrelados a determinados ativos ou classe de ativos.

Por exemplo, uma crise em determinada empresa ou setor da economia afetará profundamente alguns ativos. Todavia, é possível que não cause impactos em outros tipos de investimentos – ou em outros papéis, por exemplo. Por isso dizemos que é possível reduzir os riscos não sistemáticos com a diversificação da carteira.

Como me proteger dos riscos?

Ter uma carteira diversificada e personalizada pelo seu perfil é a chave que minimiza os impactos de uma crise. É contraproducente alocar todos os seus recursos em um único ativo. A distribuição equilibrada dos seus investimentos em diferentes ativos é o primeiro passo de uma boa estratégia.

O ideal é que apenas uma pequena parte da sua carteira esteja alocada em ações de maior volatilidade. Isto é, reserve uma parcela menor dos seus recursos para as small caps, caso queira assumir o risco.

No entanto, há riscos que são realmente imprevisíveis. É o caso dos riscos sistêmicos, que surgem acompanhados por crises financeira de alcance nacional ou global. Porém, mesmo nestes casos, sempre se pode minimizar os danos. Por isso, o primeiro investimento precisa ser em conhecimento e estudo sobre o mercado financeiro.

Os riscos não devem te impedir de investir no mercado de ações, mas sim te incentivar a se preparar mais. Infelizmente, em nosso país, 85% das pessoas passam a vida toda com seus rendimentos na poupança. Nossa cultura ainda lida mal com o dinheiro, pois ora teme perde-lo e ora o desperdiça. Tudo isto pode ser evitado com conhecimento, força de vontade e disposição.

O que é volatilidade?

Não é raro que as pessoas vejam os termos risco e volatilidade como sinônimos. Entretanto, apesar de estarem relacionados, eles não significam a mesma coisa.

O que seria, então, a volatilidade? Ela é uma medida utilizada para mensurar o risco.

Observar o quanto um ativo é volátil significa medir estatisticamente a possibilidade de o valor dele – assim como os rendimentos – oscilar em determinado período. Assim, a medida está relacionada com o risco. Isto porque quanto mais volátil um ativo for, mais risco ele apresentará.

O cálculo da volatilidade se dá normalmente pelo desvio padrão em relação ao preço médio do ativo ou seu preço atual. Por ter relação direta com as oscilações, ela se aplica mais aos ativos da renda variável, já que na renda fixa há uma maior estabilidade.

Apesar de a bolsa de valores sempre apresentar possibilidades de variações no preço, a volatilidade fica maior em épocas críticas. Logo, elas deixam mais evidente a relação entre esse conceito e o risco: quando o mercado ou determinado setor passa por crises, os preços oscilam mais.

Por que devo analisar primeiro a volatilidade?

Como vimos, para analisarmos a volatilidade de um ativo, medimos sua oscilação ou desvio padrão. Podemos fazer isso em relação ao seu valor de mercado e também em relação à rentabilidade do ativo.

Em geral, usamos este índice para medir três tipos de risco em oscilação associado aos investimentos: a volatilidade da cotação, da rentabilidade e da empresa.

Talvez você não saiba, mas os investidores mais bem sucedidos sugerem que devemos analisar, primeiro, a volatilidade de um investimento. Isto é, a última coisa a avaliar em um investimento – para eles – é o rendimento. Pois é na volatilidade histórica que está a resposta sobre o potencial do ativo.

Você já sabe que o lucro na venda de ações consiste na habilidade de comprar na baixa e vender na alta. A subida e descida do preço e do valor das ações configuram a sua oscilação. Isto é, sua volatilidade. Portanto, o primeiro passo é analisar a capacidade que uma ação tem de subir e descer nos gráficos.

O que é o índice VIX?

Ao saber o que é risco e volatilidade você provavelmente percebeu o quanto eles são importantes para os investidores, especialmente aqueles que se encontram na renda variável, certo? É fundamental – inclusive, conhecê-los para tomar decisões conscientes na carteira.

Mas você já ouviu falar sobre o índice VIX? O que seria este índice e qual a relação entre ele e os conceitos que explicamos?

O VIX significa “volatility index” – ou índice de volatilidade, em português. Trata-se de uma medida estabelecida no mercado dos Estados Unidos, que se tornou conhecido como índice do medo.

O índice VIX é utilizado para medir a volatilidade dos investimentos na bolsa dos Estados Unidos. Ele se baseia na expectativa das negociações para os próximos 30 dias, analisando as ações que compõem o S&P 500.

O S&P 500 é um índice composto pelas principais companhias listadas na bolsa norte americana – semelhante ao índice Ibovespa no Brasil. O VIX, portanto, calcula a volatilidade da bolsa da maior economia do mundo a partir da movimentação de 500 das maiores empresas do mercado.

Quando o VIX está em alta, na prática, isso significa que o mercado está reagindo com incerteza em relação ao futuro. E, em meio a uma crise, é comum que o VIX avance – assim como o risco e a volatilidade.

VIX e o Brasil: como o índice impacta nosso mercado?

Depois de entender o que é o índice VIX, você descobriu que ele indica um aumento da volatilidade – e, portanto, do risco – na bolsa de valores dos Estados Unidos. Mas, será que o índice VIX afeta apenas o mercado norte-americano?

O fato é que a movimentação do VIX tem sim impacto também em outros países, como o Brasil. Isso porque, como a economia norte-americana é a maior do mundo, o que acontece no país afeta diversas outras nações – especialmente quando se trata de crises globais.

Aliás, os efeitos são ainda maiores em mercados emergentes, como o nosso. Então, um aumento do índice VIX tem como consequência o avanço da volatilidade e do risco também na bolsa de valores brasileira.

E por que esses conceitos são relevantes em investimentos?

Para finalizar este conteúdo, é importante compreender também porque conhecer o risco, a volatilidade e até mesmo o índice VIX se faz relevante para quem investe.

Como você viu, os três elementos estão interligados e oferecem informações importantes sobre os movimentos do mercado. Portanto, entendê-los é fundamental para quem investe – principalmente na renda variável.

Lembre-se que o índice VIX não aumenta por acaso. Ele representa as incertezas causadas por algum fenômeno, como crises econômicas ou políticas.

Em outras palavras, acompanhá-lo é relevante para saber o que está ocorrendo na economia mundial e como os acontecimentos podem impactar sua carteira de investimentos. Riscos e volatilidades mais altas são sinais de alerta.

Eles não significam, contudo, que o investidor deve retirar seu dinheiro da renda variável quando a volatilidade e os riscos aumentam. Afinal, crises também podem trazer oportunidades para os investidores.

Por isso, o importante é ficar atento ao mercado – em busca de oportunidades de investimento até mesmo em situações de maior risco – e de maior volatilidade.

Por fim, para tomar boas decisões de investimento – seja em meio a uma crise ou em situações de tranquilidade no mercado, não deixe de investir no seu conhecimento – compreendendo conceitos e a relação entre eles e os investimentos.

Então, que tal aprender ainda mais sobre a renda variável?

Uma assessoria de investimentos pode me ajudar a lidar com os riscos?

É função da assessoria de investimentos a orientação quanto aos produtos ofertados pela corretora. Além disso, com a análise adequada do seu perfil de investidor, um assessor pode te auxiliar a montar uma carteira mais eficiente.

Muitos investidores iniciantes correm riscos desnecessários em busca de maiores rendimentos. Embora os riscos não possam ser totalmente evitados, existem formas estratégicas de lidar com a volatilidade do mercado. A Valor Investimentos pode te ajudar. Marque uma consulta com um de seus assessores e monte sua carteira de forma mais eficiente.

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