Análise e Opinião

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Investidores em busca de ETF “estratégicos”

Por
Romero Oliveira

Os Exchange Traded Funds (ETF) são conhecidos como Fundo de Índice. Para simplificar, trata-se de um fundo de investimento que possui o objetivo de espelhar a performance de um índice de mercado. O índice americano S&P 500 (Standard and Poor’s 500), por exemplo, é composto pelas 500 ações de empresas de maior representatividade nos Estados Unidos. Em outras palavras, ele serve como um termômetro do mercado americano, assim como faz o Ibovespa (Índice Bovespa, no Brasil).

A verdade é que temas ligados a commodities, agronegócio e ESG têm ganhado cada vez mais espaço no Brasil. E para quem tem vontade de entrar no mercado de ações por meio dos ETFs, tem conseguido encontrar maior variedade de opções de alocação nos últimos anos. Os chamados “índices estratégicos” têm despontado, por exemplo, entre os preferidos do investidor, a fim de diversificar a carteira.

Para termos uma ideia, de janeiro a julho de 2022, a lista de fundos nacionais que mais captaram se dividia entre empresas com menor capitalização via temas ligados a commodities, agronegócio e investimento em ESG (sigla que designa empresa com boas práticas nos âmbitos ambiental, social e de governança).

Apesar de ser recente no Brasil, esses ETFs no mercado americano já são uma tendência. Por volta de 80% do total está nos “fundos estratégicos”, ou seja, fundos com políticas de investimentos mais específicos, e 20% nos índices amplos, ou seja, que seguem índices de ações mais genéricos das bolsas.

Segundo o levantamento realizado pela Teva Índices para o Valor Investe, é possível ver o crescimento dos fundos estratégicos. Nos últimos cinco anos, os ativos amplos foram dividindo espaço com os novos índices. Em 2018, apenas dois fundos captaram positivamente, o BOVA11 (amplo), que replica o Ibovespa, e o SMAL11 (estratégico), que segue o indicador ligado às “small caps”, ou seja, as empresas de menor porte e menor valor de mercado.

No ano seguinte, quatro dos cinco índices do ranking anual eram amplos. O único estratégico que teve captação positiva foi o SMAL11, em terceiro lugar com mais de R$ 1,2 bilhão.

Para ficar atento: é importante observar a liquidez dos ETFs escolhidos, mas também as taxas cobradas no momento de compor sua carteira.

Este artigo tem como objetivo democratizar o acesso à educação financeira via Romero Oliveira, sócio, especialista em Investimentos e Head da mesa de Renda Variável da Valor Investimentos.

Este artigo tem como objetivo democratizar o acesso à educação financeira via Romero Oliveira, sócio, especialista em Investimentos e Head da mesa de Renda Variável da Valor Investimentos.

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